Anualmente, o mês de setembro é marcado pela conscientização e ações realizadas pelas instituições para alertar as pessoas sobre como identificar alguém que precisa de ajuda e o apoio do tratamento psicológico.
Quando falamos sobre Setembro Amarelo nas empresas, a importância se multiplica ao considerarmos o impacto que o ambiente de trabalho tem na saúde mental dos colaboradores.
Se você quer entender mais sobre o tema e como abordar a campanha Setembro Amarelo, continue a leitura e não se esqueça de baixar o nosso eBook interativo. 👇
O que é Setembro Amarelo?
O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre o suicídio, conhecida mundialmente.
No dia 10 de setembro, a OMS (Organização Mundial da Saúde), criou o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
A OMS escolheu essa data para chamar a atenção das pessoas sobre a questão do suicídio, um assunto tabu na sociedade que faz com que muitas pessoas tenham medo pedir ajuda.
Como surgiu a campanha Setembro Amarelo?
O movimento da campanha do Setembro Amarelo surgiu, primeiramente, nos Estados Unidos.
Um jovem americano, Mike Emme, era conhecido por sua personalidade carinhosa e habilidade mecânica, capaz de restaurar sozinho um carro Mustang 68 e pintar de amarelo. Mas, com apenas 17 anos, Mike cometeu suicídio.
Sua família e seus amigos, infelizmente, não perceberam os sinais de que ele pretendia tirar sua própria vida. No funeral de Mike, os amigos fizeram uma ação com fitas amarelas e mensagens oferecendo ajuda, que alcançou grandes proporções e atingiu o país inteiro.
Por isso, o símbolo da campanha é uma fita amarela, a cor do Mustang de Mike. A cor também é associada à luz, alegria e esperança.
No Brasil, o projeto de conscientização sobre o Setembro Amarelo acontece desde 2014 por iniciativa da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), o CFM (Conselho Federal de Medicina) e o CVV (Centro de Valorização da Vida).
Qual a importância do Setembro Amarelo?
Nos últimos anos, temos presenciado um aumento do reconhecimento da saúde mental como uma parte vital do bem-estar geral. De acordo com a OMS, quase 1 bilhão de pessoas vivem com um transtorno mental e esse número só aumenta.
Movimentos como o Setembro Amarelo são um passo para dar luz a importância da saúde mental, buscando criar espaços seguros para diálogos e reduzir os estigmas associados.
Esse esforço coletivo tem potencial para reverter algumas das estatísticas alarmantes da OMS sobre suicídio, como, por exemplo:
- Em todo o mundo, são registrados mais de 700 mil suicídios (sem contar os casos subnotificados);
- Em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia no Brasil, ou seja, 14 mil casos por ano;
- No Brasil, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos;
- Todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios.
Por que abordar o Setembro Amarelo nas empresas?
Apesar desses números, o Setembro Amarelo nas empresas ainda é pouco trabalhado de forma efetiva. Algumas já criaram políticas de bem-estar mental, mas ainda é preciso fazer muito mais.
Em ambientes de alta pressão, prazos apertados, e expectativas elevadas, a mente dos colaboradores pode ser profundamente afetada.
Por isso, cuidar dos funcionários pode ser uma ótima contribuição para o bem-estar e qualidade de vida dos trabalhadores. Os colaboradores precisam estar com saúde mental em dia para realizarem suas demandas com eficiência, motivação e engajamento.
No vídeo abaixo, trocamos uma ideia com o pessoal do Guia da Alma sobre como abordar o assunto nas empresas. Dá o play aí e confere! 👇
Como o RH pode identificar os fatores de risco?
Como os RHs são os profissionais que cuidam das pessoas, devem se preparar para perceber cedo os sinais dentro das empresas.
O setor de Recursos Humanos precisa conversar com os funcionários e treinar os líderes das equipes a fazerem o mesmo, a fim de identificar os fatores de risco ao suicídio.
Como o objetivo é agir para salvar vidas, é preciso buscar maneiras de abordar os colaboradores sobre esse assunto.
Existem abordagens indiretas, como ações de conscientização através da campanha, benefícios de bem-estar, programas de saúde mental com especialistas da área médica, entre outros.
E também existem formas mais diretas, como conversas amigáveis entre os profissionais de RH e os funcionários, ou a aplicação de um questionário de saúde mental no trabalho, por exemplo.
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8 ideias para setembro amarelo na empresa
As empresas têm uma variedade de opções para integrar o Setembro Amarelo em sua cultura organizacional, criando um ambiente em que os colaboradores se sintam apoiados e valorizados.
A seguir, listamos algumas ideias de ações de Setembro Amarelo para você colocar em prática na empresa. Confira!
1. Oriente seus funcionários a fazer algumas pausas
Oriente os colaboradores a fazerem pequenas pausas no dia a dia para evitar o esgotamento mental. Além disso, peça que todos os funcionários tirem suas férias, assim que tiverem esse direito.
Os descansos são importantes para evitar a Síndrome de Burnout, um distúrbio emocional causado pelo excesso de trabalho.
Tirar férias, folgas (ou day off) e pausas ajudam a preservar a saúde mental e acrescentar um novo ânimo na volta do descanso.
2. Cuide do Clima e da Cultura Organizacional
Criar um ambiente corporativo feliz e saudável é uma tarefa desafiadora para todo profissional de RH.
Por isso, promova engajamento nas equipes, socialização entre os colaboradores e implemente a cultura do feedback para auxiliar na gestão de conflitos. Os feedbacks existem para ajudar o desenvolvimento e crescimento do empregado, além de ouvir o que ele tem a dizer.
Procure cuidar desses dois indicadores na sua empresa para tornar um ambiente corporativo mais agradável.
3. Implemente uma ouvidoria interna
Muitas pessoas que precisam de ajuda tem medo ou vergonha de falar sobre o assunto abertamente.
Portanto, a implementação de uma ouvidoria interna pode ajudar a conversar com funcionários que desejam se comunicar anônima ou virtualmente, por exemplo.
Uma ouvidoria interna serve para receber as dúvidas, elogios, reclamações e exposições de problemas relacionados ao trabalho.
Converse com esses trabalhadores através da ouvidoria para tentar resolver as situações